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Estados Unidos admitem reduzir emissão de gases, mas sem fixar números

Os Estados Unidos aceitarão reduzir as emissões de gases do efeito estufa, mas sem fixar uma porcentagem concreta. O comunicado deve ser realizado na cúpula com a UE (União Européia), que será realizada na próxima segunda-feira, em Washington.

A cúpula Estados Unidos-União Européia emitirá uma declaração sobre energia e mudança climática, além de um documento sobre questões políticas e outro sobre economia, cujo texto conterá o compromisso de reduzir as emissões.

A União Européia gostaria que os Estados Unidos aceitassem um número concreto, porém está satisfeita com o passo dado.

“Embora algumas pessoas afirmem que os EUA não se movimentaram e não têm objetivos quantitativos, acreditamos que está tudo bem”, disseram fontes européias.

Os líderes da UE se comprometeram, em março, a reduzir as emissões européias em 20% até 2020 –considerando os níveis de 1990–, mas se mostraram dispostos a elevar a taxa para 30%, caso outros países industrializados firmassem compromissos similares.

O documento, que será emitido na segunda-feira por Estados Unidos e União Européia, foi objeto de intensas negociações nos últimos dias, ao contrário do econômico e do político, sobre os quais havia um acordo generalizado.

Na versão atual, o documento assinala o compromisso de reduzir as emissões até um nível suficiente para impedir que influenciem o clima, afirmaram as fontes.

O texto assinala que a luta contra a mudança climática é “responsabilidade dos países industrializados e das principais economias emergentes.”

Esse parágrafo é considerado preocupante, uma vez que os Estado Unidos exigem que as principais economias em desenvolvimento do planeta, como China e Índia, também façam parte da luta contra a mudança climática.

No campo energético, será discutida a necessidade de diversificar as fontes energéticas –incluindo as renováveis– e as vias de fornecimento, assim como a integração da China e da Índia nos mercados internacionais do setor.

O texto da segunda-feira será o ponto de partida para as discussões sobre a mudança climática da cúpula do G8 (sete países mais industrializados do mundo e a Rússia), que ocorrerá entre os dias 6 a 8 de junho, na Alemanha (país que ocupa a Presidência rotativa da União Européia este semestre), e para a conferência que será realizada em Bali (Indonésia), no final de ano, para começar a negociar o acordo que substituirá o atual Protocolo de Kyoto.

“Acreditamos que tivemos êxito em levar os Estados Unidos para dentro do debate político sobre a mudança climática”, afirmaram fontes européias.

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