Histórico

Estados Unidos precisam de imigrantes empreendedores para total recuperação

Especialistas acham que criatividade dos estrangeiros pode gerar empregos e levantar economia

O jornal The New York Times publicou, esta semana, mais um artigo em defesa dos imigrantes na América. O colunista Thomas Friedman, citando um estudo de Robert Litan, da Fundação Kauffman, afirmou que a geração de empregos no país depende das empresa novas, com até cinco anos de funcionamento. Isso porque entre 1980 e 2005, praticamente todos os cerca de 40 milhões de novos postos de trabalho criados no país vieram destas firmas.

“Se os EUA quiserem diminuir o desemprego de maneira sustentável, não é o socorro à General Motors nem o financiamento de mais construções de estradas que farão isso. Precisamos criar muito mais companhias novas – e rápido”, disse Friedman. Para ele, a saída está em colocar mais americanos de volta ao trabalho para sua própria dignidade – e para gerar rendas e riquezas crescentes, necessárias para pagar os gastos sociais existentes, bem como garantir os novos investimentos. O jornalista lembrou que a previdência social este ano irá pagar mais em benefícios do que recebe em impostos da folha de pagamento – algo que teoricamente só deveria acontecer em 2016.

Para Friedman, a geração de novas empresas – que ele chamou de ‘start-ups’ – surge de empreendedores inteligentes, criativos, inspirados e dispostos a arriscar. “Como conseguimos mais deles? Existem apenas duas maneiras: criando esses empreendedores com a melhoria de nossas escolas ou importando com o recrutamento de imigrantes talentosos”, explicou o colunista, que no caso da segunda opção sugeriu que o Congresso Nacional supere logo o impasse a respeito da imigração, com o intuito de desenvolver uma abordagem muito mais estratégica para atrair mais dos empreendedores ousados do mundo.

A ideia publicada no The New York Times tem fundamento, pois cerca de 25% das start-ups de alta tecnologia bem-sucedidas ao longo da última década foram fundadas ou cofundadas por imigrantes, conforme comprova estudo da Fundação Kauffman. Exemplos: Sergey Brin, o russo que cofundou a Google, ou Vinod Khosla, o indiano que cofundou a Sun Microsystems. Craig Mundie, chefe de pesquisa e estratégia da Microsoft, acrescenta que os Estados Unidos só se tornaram esse motor incrível de prosperidade com a imigração e os mercados livres. “Imigrantes são, por definição, pessoas com altas aspirações, dispostas a assumir riscos e prontas para deixar suas terras natais em busca de melhores oportunidades”, afirmou Mundie.

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