Histórico

EUA anunciam retirada de 8 mil soldados do Iraque

Em discurso, presidente Bush promete trazer tropas até fevereiro de 2009

O presidente George W. Bush manterá as tropas dos EUA praticamente intactas e deixará a decisão sobre grandes retiradas dos militares do Iraque para seu sucessor. Ele disse que planeja retirar 8 mil soldados de combate e suporte do Iraque até fevereiro. Este número é menor que o esperado.

O Partido Democrata deve criticar a medida, pois seus líderes defendem o início da retirada do território iraquiano e o envio de mais tropas ao Afeganistão, que sofre com o aumento da violência. Em um discurso, Bush disse que mais tropas podem ser retiradas no primeiro semestre de 2009, caso as condições melhorem. Mas essa decisão será tomada pelo seu sucessor, já que Bush deixa o cargo em 20 de janeiro. Obama quer retirar os soldados americanos em um prazo de 16 meses, enquanto McCain afirma que é necessário escutar a opinião dos comandantes militares e está disposto a permitir que os soldados permaneçam de modo indefinido.

O presidente americano argumentou que a redução dos níveis de violência no Iraque permite “um aumento modesto” no número de tropas americanas no Afeganistão nos próximos meses. O plano anunciado por Bush compreende a retirada de uma brigada de cerca de 3,5 mil sodados do país, além de um contigente de forças de apoio de cerca de 3,4 mil militares. A Casa Branca anunciou ainda que um batalhão de mil fuzileiros navais, que atuam na província iraquiana de Anbar, voltará para casa em novembro. Estas tropas não serão substituídas.

Bush detalhou também os planos de aumento das forças americanas para combater a crescente ameaça do Taleban no Afeganistão. De acordo com o presidente americano, um batalhão de fuzileiros navais que deveria desembarcar no Iraque em novembro será enviado para o Afeganistão, seguido por uma brigada de combate do Exército, que deve chegar em janeiro. O reforço deve representar um aumento de cerca de 4,5 mil homens no contigente americano no país. O Afeganistão vive um de seus momentos mais tensos desde 2001, quando as forças americanas invadiram o país. O número de ataques de insurgentes aumentou em 50% e a cifra de civis mortos em julho chegou a 260.

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