O mercado imobiliário americano está mais fraco do que em 2005
A economia americana teve no trimestre encerrado em setembro a sua menor taxa de crescimento anual em mais de três anos, 1,6%.
Informações do Departamento de Comércio americano mostraram que a queda nas vendas no mercado imobiliário americano foi a grande responsável pela desaceleração econômica.
Os dados mostram uma queda anual de 17,4% nos gastos em novos investimentos em imóveis.
A taxa de crescimento no último trimestre é a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2003, quando estava em 1,2%. No trimestre anterior, a economia tinha apresentado crescimento de 2,6%.
Mas alguns analistas acreditam que o aumento da confiança do consumidor vai garantir um estímulo à economia e uma taxa de crescimento de 3% entre este mês de outubro e dezembro.
O preço mais baixo de combustíveis, combinado com uma reação no índice de emprego, teriam elevado a confiança do consumidor neste mês.
O índice de confiança compilado pela Universidade de Michigan já atingiu 93,6 em outubro, um aumento comparado aos 85,4 de setembro.
Eleição
A queda no ritmo de crescimento da economia promete ser um problema para o presidente George W. Bush, agora que se aproximam as eleições parlamentares de novembro nos Estados Unidos.
A economia, junto com a questão de imigração e a guerra no Iraque, estão dando a tônica da campanha eleitoral.
A reação política aos dados econômicos foi rápida. Membros do Partido Republicano, de Bush, destacaram a procura estável de ações importantes no índice Dow Jones como prova da solidez da economia americana. O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse a jornalistas que o crescimento econômico iria “continuar repercutindo”.
O secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse que o aquecimento do mercado imobiliário foi “claramente insustentável” e o mercado “precisava ser corrigido”.
Mas Nancy Pelosi, uma líder do Partido Democrata, afirmou que “só porque o presidente olha através de seus óculos com lentes cor-de-rosa e enxerga uma economia forte, não significa que esta seja a realidade”.
Outro democrata, o senador Jack Reed, disse que os números relativos ao crescimento contradizem “as alegações do presidente de que seus cortes de impostos estão funcionando”.