Casal briga pela guarda da filha que nasceu nos Estados Unidos. Samantha vive no Brasil com a mãe
DA REDAÇÃO COM REVISTA GLAMOUR
Mãe faz campanha na internet para que filha não fique com o pai
Há mais de cinco anos, a carioca Flávia Harpaz luta na justiça pela guarda da filha. Em 2008, ela deu à luz Samantha, que nasceu nos Estados Unidos, local onde ela e o então marido, Mauricio Sadicoff (também brasileiro), moravam.
Após uma série de desentendimentos e episódios de violência entre o casal, Flávia retornou ao Brasil com a filha, em 2009. Maurício entrou na justiça americana e acusou a ex-mulher de sequestro. Em novembro, o Superior Tribunal de Justiça decidiu, por três votos a dois, que a criança deve voltar para seu país de origem. O processo, porém, ainda está em fase de recursos e Flávia tentar reverter a situação e chamar a atenção da opinião pública, a campanha #ficasamantha (#staysamantha) tem tomado conta das redes sociais.
Flávia conta que começou a namorar o ex-marido em 2004, eles se casaram em 2005 e vieram morar na Flórida. “Eu estava apaixonada e achei que seria legal morar fora. Para mim, estava indo tentar a vida em outro país e, se não desse certo, nós dois voltaríamos para o Brasil. Mas ele não pensava assim e não admitia voltar para o Brasil jamais”, explica. “Nosso casamento sempre foi complicado. Ele é inseguro, ciumento, competitivo. Para ele, ganhar está acima de tudo. Não ficamos nem seis meses na Flórida e, quando ele perdeu o emprego, fomos para uma cidadezinha de 100 mil habitantes em Illinois, onde havia conseguido um novo trabalho. Lá a vida era outra: seis meses de inverno, vida social zero. Como só ficávamos dentro de casa os problemas ganharam outra dimensão”.
Depois que Samantha nasceu, segundo Flávia, tudo começou a ficar mais complicado, já que o marido não a ajudava em nada. “Quando Samantha completou três meses, eu a trouxe para o Brasil porque eu precisava de um pouco de cuidado e de ajuda. É muito depressivo ficar longe de todo mundo. Fiquei três meses aqui e minha família e a família dele me ajudaram muito. Nessa época, não queria voltar. Começamos a brigar feio pelo telefone e voltei. Quando cheguei ao aeroporto de Chicago, já senti o clima de guerra. Ele fechou a conta conjunta que tínhamos, saía de casa e voltava bêbado, e começou a me humilhar verbalmente. Depois de três meses, entrei com pedido de divórcio em fevereiro de 2009. Para minha surpresa, descobri que ele já tinha entrado com o divórcio no Rio”, conta.
Em 2010, qual não foi a surpresa de Flávia quando ela recebeu a notificação judicial do processo que ex-marido movia a acusando de seqüestro. “Eu não sequestrei minha filha. Ela tem total acesso às duas famílias. Ele deveria ter vergonha do que ele está fazendo. Nossa filha não pode ser objeto de uma vingança”. Nesses últimos anos, o pai não foi visitar a filha no Brasil. Flávia irá recorrer no Supremo Tribunal Federal no Brasil e tentar recuperar a guarda de Samantha.