Obama foi reeleito sem precisar dos votos do estado
A apuração dos votos da eleição de terça-feira ainda não acabou na Flórida. Desta vez, a desculpa não são os pequenos pedaços de papel grudados nas cédulas, que causaram tanta polêmica nas eleições de 2000 e que levaram a Suprema Corte a decidir o resultado das eleições no estado.
Mas, com o comparecimento em massa dos eleitores (mais de 70%), os supervisores estão ainda tentando contabilizar o número de cédulas de abstenção e provisionais, que no fim ainda podem decidir o resultado para um lado ou para o outro.
Na tarde de quarta-feira, nove condados, incluindo Palm Beach, Broward e Miami-Dade, ainda estavam às voltas com a contagem.
“Estamos tentando trabalhar o mais rápido possível”, disse a supervisora eleitoral do condado de Palm Beach, Susan Bucher.
Embora o Departamento de Estado da Flórida tenha admitido que seria possível terminar a contagem até o final do dia, é possível que o resultado só venha a ser conhecido no sábado.
Em contraste, até o Havaí, que tem uma diferença de cinco horas a menos que a Flórida, foi capaz de divulgar os totais logo depois das seis da tarde, hora local, quando terminou a votação.
Na noite de quarta, Obama liderava na Flórida, com 49.884 votos à frente. É provável que ele mantenha a vantagem até o final, mas a comprovação dessa probabilidade ainda é uma incógnita.
O fato de a Flórida ainda não ser capaz de se definir entre Obama ou Romney, que até já admitiu a derrota, colocou novamente o estado em evidência nacional, fazendo do Sunshine State a piada eleitoral do momento.
O governador Rick Scott, quando questionado sobre as longas filas que se formaram nos locais de votação, disse que era muito “estimulante” ver tantas pessoas exercendo o seu dever cívico.
Na quarta, Scott evitou criticar o sistema eleitoral no estado, mas afirmou que vai discutir o caso com o Secretário de Estado da Flórida, Ken Detzner.
“Vamos ver o que funcionou e o que pode ser melhorado”, disse Scott.