Histórico

Flórida comparará o padrão eleitoral com registro de imigrantes

Objetivo é expurgar nomes de pessoas não habilitadas a votar

DA REDAÇÃO COM AP — As autoridades eleitorais da Flórida assinaram um acordo formal com as autoridades federais para permitir que o estado utilize a base de dados da imigração para compará-la com o padrão eleitoral.

Durante meses as autoridades estaduais estão atrás da autorização para utilizar a base de dados e ver se algum dos eleitores registrados não são cidadãos americanos e, portanto, não têm direito a votar.

O Departamento de Segurança Nacional aceitou permitir que o estado utilize a base de dados no início do verão, mas não havia assinado um acordo até a semana passada. A base de dados do departamento registra qualquer pessoa que tenha entrado nos Estados Unidos legalmente, mas não inclui informações dos imigrantes que não têm permissão de residência ou que são americanos de nascimento.

As autoridades estaduais inicialmente utilizarão a base de dados para revisar os nomes de 2.600 eleitores registrados que o estado suspeita não terem direito a votar.

O estado distribuiu esta lista entre as autoridades eleitorais dos condados desde abril. Mas muitos condados deixaram de utilizá-la depois de que encontraram mais de 500 pessoas que eram cidadãos. A lista permitiu o processamento judicial de um canadense acusado de registrar-se ilegalmente e votar no condado de Broward.

As autoridades estaduais também pretendem começar lentamente a comparar as informações das carteiras de motorista com os dados do padrão eleitoral para ver se há votantes não elegíveis. Esta lista de nomes será comparada com os dados do programa federal conhecido como Verificação Sistemática de Direitos dos Estrangeiros (SAVE, na sigla em inglês).

“Temos a obrigação de assegurar que o padrão eleitoral da Flórida seja preciso, e ter acesso à base de dados do SAVE melhora bastante nossa condição de atender este objetivo, assim como o de assegurar a integridade geral de nossas eleições”, disse o secretário local do estado, Ken Detzner, em um comunicado.

O expurgo de votantes pode custar à Flórida milhares de dólares, uma vez que o estado terá de pagar ao governo federal 50 centavos de dólar por cada nome revisada na base de dados imigratória.

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