Histórico

Fraude no cartão de crédito pode render cadeia nos Estados Unidos e Brasil

Advogado de um dos presos afirma que são três pessoas envolvidas, uma delas será deportada em breve enquanto os outros dois vão responder por crime federal em prisão americana

Joselina Reis

Marllon Terglys Pinheiro Silva Além dos cinco anos de cadeia que os brasileiros Lilian Benatti e Marllon Terglys Pinheiro Silva podem ser condenados nos Estados Unidos por fraude no cartão de crédito a dupla deve também responder pelo mesmo crime quando retornar ao Brasil. O advogado de Lilian, Max Whitney, explica que os bancos brasileiros (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Unibanco) que tiveram cartões de seus clientes clonados e usados pelos dois brasileiros podem recorrer à justiça e os dois podem ser presos novamente pela Polícia Federal brasileira.

Max afirmou ainda que o crime teve uma terceira pessoa envolvida, também brasileira, cujo nome não foi divulgado. A participação dessa brasileira, amiga de Lilian, teria sido considerada mínima pelo FBI e por isso ela deve ser deportada em breve.

De acordo com o advogado, ela não teria usado os cartões, mas teria usufruído do hotel e das compras pagas com os cartões clonados. A brasileira tinha conhecimento de que estava participando indiretamente de um crime e, de acordo com os depoimentos de Marllon e Lilian, ela não receberia pagamento para acompanhá-los durante a viagem.

O golpe foi descoberto, segundo Max Whitney, depois que um ex-participante do esquema resolveu delatar Marllon. “Essa pessoa foi ludibriada por Marllon e resolveu contatar o FBI e entregá-lo”, disse o advogado que representa apenas as duas mulheres do grupo.
No dia 5 de setembro, o FBI recebeu a denúncia e começou a investigar os passos dos três brasileiros em Orlando. Além de saques em caixas eletrônicos, eles usaram os cartões em vários restaurantes, alugaram carro, pagaram hospedagem e fizeram muitas compras. Marlon inclusive exibia suas aquisições nas redes de mídia social.

Os três foram presos quando tentavam embarcar para o Brasil em um vôo da American Airlines no dia 16 de outubro, mas o caso só foi divulgado na semana passada. Na bagagem de Marllon e Lilian foram encontrados ao todo 35 cartões de crédito clonados, a amiga brasileira levava oito cartões na bagagem.

Ao contrário do que Marllon disse à polícia, Lilian não era o cabeça do esquema. Ele era o responsável. Lilian receberia 20% do lucro do dinheiro conseguido através dos saques.

Na bagagem da dupla foram encontrados $100 mil em dinheiro. A polícia calcula que o prejuízo total tenha sido em torno de $200 mil. Lilian Benatti está presa em Miami enquanto Marllon está preso em Orlando.

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