Queda do PIB no segundo trimestre do ano deve ser o último resultado negativo da economia do país
Os gastos dos consumidores, maior componente do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, registraram alta em agosto, pelo quarto mês consecutivo. O índice de 1,3% é o aumento mais expressivo desde outubro de 2001, depois de terem caído 0,9% no segundo trimestre deste ano. Com relação aos imóveis, houve um recuo de 23,3% no segundo trimestre, também menor que o declínio de 38,2% no mesmo período anterior.
Em contrapartida, os gastos do governo federal aumentaram 11,4%, enquanto que as despesas dos governos locais e estatais subiram 3,9% no mesmo período. As exportações dos EUA caíram 4,1%, e as importações recuaram 14,7%.
Com este quadro, o PIB dos EUA se contraiu no segundo trimestre a um ritmo mais suave do que o anteriormente estimado. A estimativa final do Departamento do Comércio mostrou queda de 0,7%. Segundo especialistas, este declínio provavelmente será o último resultado negativo da economia dos EUA, que enfrenta uma recessão desde dezembro de 2007. A expectativa é de que a retomada já tenha ocorrido no período de julho a setembro. “A revisão do PIB indica que a economia começou a se estabilizar”, disse Mark Doms, economista-chefe no Departamento de Comércio dos EUA. “A economia está indo na direção certa, mais estímulos para o consumo devem dar suporte para esse ímpeto nos próximos meses”, acrescentou Doms. Com a contração no segundo trimestre, o PIB real do país alcançou uma sequência de quatro trimestres negativos pela primeira vez na série histórica do governo iniciada em 1947.