Histórico

Imigração em dia

Essa semana, o advogado Ludo Gardini, com escritório no Pompano City Centre, telefone (305) 514-0707, responde às perguntas sobre imigração.

? Gostaria de saber se tem como voltar legalmente aos Estados Unidos? Entrei pelo México, fiquei cinco anos ilegal nos EUA. Nesse tempo, tive um filho com uma americana. Não nos casamos e hoje ele tem cinco anos, há três anos estou no Brasil. Fui deportado. Na época me disseram que era saída voluntária não tive que ir à corte. No papel que eu tenho fala sobre um artigo (236of title 8), mas não entendo nada sobre leis americanas. Quero ver meu filho, tem como eu voltar?
Infelizmente o castigo para você é de 10 anos, ou seja por 10 anos a partir de sua saída você não pode retornar aos EUA, a não ser que você obtenha um perdão, mas o perdão só existe para esposos, esposas de cidadãos ou para filhos e filhas de cidadãos. Então, de acordo com sua história, você terá que cumprir mais sete anos de Brasil. Aí, sim, você tem o direito de pedir o visto no consulado americano no Brasil.

? Tenho uma amiga que saiu dos Estados Unidos em 2000, mas já possuía o greeen card há mais de um ano. Hoje, o marido dela vive aqui no Brasil. Será que ela pode voltar legalmente e não perder o greeen card? Ela se casou no ano 2000 e pegou o green card. Em 2007, eles vieram para o Brasil, ela e o marido, e em 2010 o green card venceu e ela não sabe se pode revalidar o green card.
Na verdade, se ela não retornou para o EUA em três anos, a imigração considera que houve um abandono da intenção de ter o green card. Não existe uma resposta certa para este tipo de caso, cada situação é diferente, cada fato ou detalhe pode mudar como a imigração interpreta, mas como regra geral existe uma chance muito grande de que ela terá de reaplicar para obter o green card novamente através do seu marido, mais uma vez. Recomendo que se consulte antes com um advogado de imigração.

? Gostaria de saber se há possibilidade de me ajudar no meu processo. Atualmente estou no Brasil. Em 2008, fui deportado no aeroporto de Miami, porque tinha ficado ilegalmente nos EUA por oito anos, e o meu visto foi cancelado. Depois de cinco anos dei entrada no visto de noivo K-1, porque minha noiva é brasileira com cidadania americana, mora em Miami, só que não foi aprovada porque os papéis não foram preenchidos corretamente, segundo eles. Minha noiva não tem renda suficiente e além do mais ela tem um filho de 24 anos que mora com ela. Tenho 52 anos e estamos impossibilitados de ter uma vida juntos. Ela vem ao Brasil uma vez por ano. Só queria ter a oportunidade de ter uma vida feliz.
Sim, existe a possibilidade de ajudar. Você precisará de um perdão e terá que fazer o processamento via consulado como marido e não noivo. Então, duas coisas serão necessárias: 1) você terá que casar com sua noiva para que se possa fazer esse processo; 2) será necessário o pedido de um perdão que será baseado nela, em uma dificuldade extrema que ela sofreria sem ter você por perto.

? Gostaria de saber se com visto de turista posso ficar passando períodos de cinco a seis meses (trabalhando) e voltar para meu país de origem para renovação de permanência e assim sucessivamente, pois não gostaria de ficar na ilegalidade.
Primeiramente o visto de turista não permite trabalhar, então você já estaria na ilegalidade por trabalhar com um visto que não permite. Existem vistos especiais para trabalho temporário de períodos de seis meses, como por exemplo o visto H2-B. O problema de passar seis meses direto nos EUA e seis meses direto no Brasil é que eventualmente a imigração poderá questioná-lo sobre o motivo da sua estadia e ir mais a fundo na investigação. Se a imigração constatar que você está ficando nos EUA seis meses para trabalhar isso, muito provavelmente,  poderá acarretar uma deportação do próprio aeroporto, o que causaria a sua perda do visto e um castigo de cinco anos sem poder entrar nos EUA. Então para você não ficar na ilegalidade deve considerar um visto H2-B.


Envie suas perguntas sobre imigração para info@acheiusa.com ou editor@acheiusa.com. As perguntas serão respondidas e publicadas nas edições do AcheiUSA na medida do possível.

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