Histórico

Imigração em Dia – As dúvidas dos leitores – Agosto/2014

Esta semana, o escritório do advogado Ludo Gardini, em Pompano Beach (FL), responde às perguntas dos leitores.

Eu sou vítima de violência doméstica por parte do meu marido que é militar. Estou com viagem marcada ao Brasil para fazer o visto da minha filha de 23 anos e vou com meu filho de 10 anos que é apenas meu filho. Meu marido está preparando o divórcio. Fiquei casada com ele 3 anos, mas só dei entrada no green card 2 anos depois. Ainda não tenho o green card de 10 anos, só o temporário. Gostaria de saber se ele pode prejudicar meu pedido de green card durante minha viagem. Estou muito abalada psicologicamente e preciso ficar um pouco perto da minha família, além de ter que levar meu filho para visitar o pai, porque estava no nosso acordo. 
Gardini – Prezada leitora, sim, seu marido poderia tentar lhe prejudicar, mas isso não quer dizer que ele vá conseguir. Se houve um abuso, fica mais fácil de você receber o green card de 10 anos, mesmo depois de divorciada.

Minha filha preencheu o I-130 para o irmão em janeiro de 2010 e está aguardando a resposta. Estou no processo de cidadania e gostaria de saber quanto tempo levaria se eu (mãe) encaminhasse o formulário I-130 para meu filho solteiro maior de idade e que está sem status legal.
Gardini – Você como cidadã pode aplicar para o seu filho solteiro, o que seria a melhor opção, e o tempo de espera é de sete anos.

Estou em processo de green card por parentesco (sister/brothers) há quase 9 anos, meu processo já foi transferido para RDJ (Rio de Janeiro), como fui informada. Existe alguma coisa que um advogado possa fazer para acelerar esse processo? Hoje tenho uma filha de 3 anos, isso mudaria algo?
Gardini – Infelizmente, o advogado não pode acelerar o processo. O fato de você ter uma filha não interfere em nada.

Meu marido é filho de uma residente permanente. Ela conseguiu residência através da filha, que casou com um americano. Gostaria de saber se ela (mãe) ou a irmã dele (minha cunhada) podem aplicar para a cidadania dele? A mãe dele tem 62 anos e não fala inglês, por esse motivo ainda não aplicou para a cidadania, mas a irmã já é cidadã.
Gardini – A mãe não pode aplicar, pois mãe residente não pode aplicar para filho casado, somente para filho solteiro. A irmã dele poderia aplicar e o processo leva em média de 12 anos.

Se eu aplicar para visto de estudante, meus filhos terão direito a ficar comigo nos EUA?
Gardini – Sim, como dependentes se forem solteiros e menores de 21 anos.

Eu morei nos EUA de 2001 a 2009 (entrei pelo México), hoje estou no Brasil. Eu tenho uma filha nascida nos EUA e meu irmão já é cidadão americano. Existe alguma possibilidade de ele me ajudar a legalizar?
Gardini – Certamente, seu irmão tem que entrar com uma petição chamada I-130 e depois de 12 anos você tem direito de fazer o green card.

Entrei nos EUA em 2001e fui pega pela imigração. Eles me deixaram detida por um mês e saí sob fiança. Eles me deram 6 meses para me apresentar à corte, mas não fui.  Hoje, eu tenho uma filha de 5 anos nascida nos EUA, gostaria de saber se ainda e possível ser deportada depois de todo esse tempo morando aqui.
Gardini – Certamente é possível ser deportada. Infelizmente a carta de deportação não prescreve. Mas se você não tiver cometido nenhum crime é muito provável que a imigração não vá deportar pelo fato de você ter uma filha.

Entrei nos Estados Unidos em agosto de 2011 com visto de estudante, em setembro de 2011 casei com brasileiro ilegal. Estudei 5 meses na escola e parei de estudar. No meu I-94 não tinha data de saída. Tenho uma filha de um ano e 2 meses com dupla nacionalidade. Gostaria de ir ao Brasil para o casamento do meu irmão, passar 15 dias e voltar. Gostaria de saber quais são as possibilidades de eu conseguir retornar para os EUA, com visto de turista que ainda está válido no passaporte.
Gardini – Arriscadíssimo. De acordo com a lei americana se você sair seu castigo é de dez anos. O perigo vai estar no seu retorno aos EUA, você correrá o risco de ser deportada do aeroporto ao chegar nos EUA.


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