Ahmadinejad questiona, nas Nações Unidas, porque não há protestos contra condenação à morte na Virgínia
O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad (foto) aproveitou o palco na Assembleia Geral das Nações Unidas, em New York, para denunciar o que chamou de “campanha midiática” contra o seu país. Ele se referiu ao caso de Sakineh Mohammadi-Ashtiani, que foi condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério e participação na morte do marido, que recebeu maciça reprovação da imprensa ocidental. “No entanto, uma mulher será executada nos Estados Unidos exatamente pelos mesmos motivos e ninguém protesta”, reclamou Ahmadinejad.
O caso em questão é o de Teresa Lewis, deficiente mental que foi condenada à morte por injeção letal por ter ajudado seu amante a matar o marido e o filho dele. A pena está prevista para ser cumprida esta semana. “Segundo uma pesquisa, foram publicadas três milhões e setecentas mil páginas sobre a iraniana, cujo processo continua sendo examinado, e há uma vasta campanha da imprensa contra o Irã. Mas ninguém protesta contra a execução de Lewis”, afirmou Ahmadinejad. O governo do país islâmico anunciou recentemente que a pena de morte por apedrejamento contra Sakinehi foi suspensa à espera de um novo exame do caso.