Patrícia, de 28 anos, era de Dourados e morava na Espanha há 8 anos.
Da Redação com G1- A brasileira Patrícia Souza Leal, de 28 anos, foi encontrada morta na quarta-feira (15), dentro da casa onde morava, em Madri, na Espanha. A mãe dela, Eva de Souza, fez um apelo essa semana na cidade de Dourados (MS), onde a família mora, para trazer o corpo da filha para Mato Grosso do Sul.
Segundo a mãe, Patrícia foi para a capital espanhola há oito anos. “Ela foi para trabalhar, foi juntar dinheiro para abrir um negócio aqui. Não acredito no que aconteceu com a minha filha”, lamentou. Eva disse que falou com a filha pela última vez, por telefone, na noite do réveillon.
A família foi avisada sobre a morte por um amigo da jovem, que é brasileiro e mora na Espanha. “Ele me ligou e disse que achou a Patrícia morta dentro da banheira da casa onde ela morava”, contou a tia, Sandra de Souza Pereira Reis, de 34 anos, que reside em Campo Grande (MS).
Patrícia trabalhava como empregada doméstica em uma casa em Madri. Segundo a tia, o amigo foi até o local após os patrões da jovem ligarem para ele e perguntarem sobre o sumiço dela. “Ele disse que a minha sobrinha não foi trabalhar, que não atendia o telefone e que os patrões estavam preocupados”.
No mesmo dia, a família recebeu um comunicado do Consulado-Geral do Brasil em Madri sobre a morte de Patrícia. O corpo da jovem foi levado para o Instituto Médico Legal de Madrid.
Suspeita
A assessoria de imprensa do Itamaraty informou que as autoridades espanholas vão investigar o caso e que o Consulado-Geral do Brasil em Madri vai acompanhar. O órgão ressaltou ainda que a família tem a opção de fazer o translado do corpo para o Brasil ou de fazer o sepultamento na Espanha.
A família suspeita que Patrícia tenha sido morta pelo namorado, com quem estava há pouco tempo.
Sandra relatou que uma amiga, que mora em Madri e está em Dourados visitando os pais, falou com a jovem. “Ela falou com a Patrícia na terça (14), por mensagem de celular. Disse também que parou de falar com a Patrícia quando o namorado dela chegou “, contou.
Ainda segundo informações da família, o atual namorado da jovem era da República Dominicana.
Ajuda
O Consulado-Geral do Brasil em Madri ressaltou que, de acordo com a legislação brasileira, as “despesas de sepultamento, cremação, embalsamento e eventual transporte de restos mortais para o Brasil não podem ser custeadas pela União”.
O órgão enviou uma lista de funerárias de Madri para a família de Patrícia. A tia da jovem disse que os estabelecimentos cobram entre R$ 20 mil e R$ 30 mil pelo translado do corpo para o Brasil. “É muito caro, não temos esse dinheiro”, disse.
A mãe quer que a filha seja enterrada no país de origem. “Tudo o que eu quero é que o corpo dela venha para o Brasil, estou desesperada, não tenho condições financeiras”, relatou.