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Lei de Alabama assustou parlamentares pró-imigrantes

A Lei HB 56 do Alabama, considerada pelos defensores e críticos como a mais dura do gênero, assustou vários senadores que estão a favor de uma reforma imigratória que permita legalizar a maioria dos indocumentados que vivem nos Estados Unidos.

Proibir o acesso a água potável constitui uma violação aos direitos humanos”, disse uma fonte do Legislativo que pediu anonimato por não estar autorizada para emitir declarações. Trata-se de uma lei que viola a Constituição e não resolve o problema.

Ainda segundo a fonte legislativa, vários senadores se surpreenderam com o alcance da medida e estão procurando a maneira de reagir. A solução para o problema da imigração indocumentada passa por uma reforma imigratória abrangente que inclua um caminho para a legalização”, destacou.

Apesar dos tempos sombrios, alguns apostam que depois das eleições o quadro pode mudar seja com um novo presidente ou com a reeleição de Obama para um segundo mandato. Sempre haverá negociações”, disse Vanessa Cárdenas, diretora do Progresss 2050, um programa do Center for American Progress (CAP). Muitos parlamentares têm uma trajetória a favor de uma reforma imigratória integral e não vão abandonar seus compromissos com seus eleitores.

Com relação às conversações a portas fechadas entre vários senadores, Cárdenas disse que neste momento as organizações pró-imigrantes não foram convidadas, mas sabemos que estão sendo feitas e estão procurando alguma versão que possa ser apresentada, um plano abrangente.

Para que a reforma imigratória seja aprovada são necessários 218 votos na Câmara dos Deputados (os democratas têm 193 enquanto 242 republicanos) e 60 no Senado (os democratas contam com 51 enquanto há 47 republicanos e 2 independentes).

Alguns nomes citados por Cárdenas correspondem aos senadores Charles Schumer (New York), Robert Menéndez (New Jersey), Patrick Leahy (Vermont) e Harry Reid (Nevada), todos democratas e que apresentaram em várias ocasiões uma iniciativa de reforma imigratoria.
Agora estão negociando um plano viável. Será difícil, porque sabemos que os republicanos não querem uma reforma imigratória integral, finalizou Cárdenas.

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