Histórico

Mãe de Britto usou casa onde mora como garantia

Janiber Vieira, mãe do policial fugitivo David Britto, usou uma casa que não estava em seu nome como garantia para tirar o filho da cadeia

Outra trapalhada na saga do policial de Boynton Beach que fugiu para o Brasil para escapar das acusações de tráfico de metafetaminas foi protagonizada por sua mãe, Janiber Vieira.

Como era de se esperar, Britto não compareceu à corte federal nesta terça-feira em Miami. Então, o juiz Donald L. Graham emitiu uma ordem de prisão para o policial.

Enquanto isto, os advogados e outras autoridades estava tentando descobrir como a mãe de Britto foi capaz de usar a casa de Coral Springs, onde ela vive, para assegurar a fiança de $50,000 para libertar o filho em julho, mesmo com a escritura no nome de outra pessoa.

O imóvel está em nome de seu marido, Mariorlando F. Vieira, de acordo com os registros do condado de Broward County. “Não importa se ela consta ou não da escritura. Ela é minha esposa”, disse Vieira em entrevista. “O que eu tenho também pertence a ela, não?”
Vieira, que é padrasto de Britto, disse que venderia a casa e usaria os recursos para pagar os custos da corte e da fiança, estipulada em $100,000, que foram postados para garantir a presença de Britto na corte.

Isto não significa que a mãe de Britto está tranquila. Ela encontra-se em custódia federal em New York e será trazida para Miami nos próximos dias para responder às acusações criminais por ter mentido às autoridades federais.

Vieira é acusada de ter dito a um agente da Drug Enforcement Administration (divisão de combate ao tráfico de entorpecentes) desconhecer o paradeiro de seu filho depois dele ter cortado a tornozeleira de monitoramento eletrônica em 24 de agosto. Mas o governo tem evidências de que ela comprou uma passagem para o Brasil dois dias antes, conforme confirmam os recordes do estado.

Ela foi presa no dia 2 de setembro no Aeroporto Internacional JFK em New York, onde ela estava tentando pegar um voo para o Brasil. Ela está enfrentando cinco anos de prisão.

Na corte, o advogado de Britto, Jack Fuchs, disse que o parceiro, Michael Salnick, havia falado com Britto pelo telefone uma semana depois de seu sumiço, que está provavelmente no Brasil. Salnick disse estar negociando com o U.S. Marshals Service na tentativa de conseguir com que Britto, de 28 anos de idade, volte aos EUA e se entregue.
“Ele está consciente das consequências de seu ato para sua mãe”, afirmou Salnick.

O Consulado do Brasil em Miami deu a Britto os documentos para viajar, porque nunca havia sido informado pelas autoridades federais de que eles estava enfrentando acusações criminais.

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