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Mark Zuckerberg lança o Fwd.us, grupo de apoio à reforma imigratória

Fundador do Facebook anunciou a formação do grupo em artigo opinativo publicado no ‘The Washington Post’

Mark Zuckerberg lança o Fwd.us, grupo de apoio à reforma imigratória
Fundador do Facebook Mark Zuckerberg

Da Redação com AP – O diretor geral da rede social Facebook lançou nesta quinta-feira (11) formalmente um grupo político que busca a reestruturação das políticas que regulamentam a imigração, impulsionam a educação e aumentam o investimento em pesquisa científica nos Estados Unidos, reportou The Associated Press.

Marc Zuckerberg anunciou a formação do Fwd.us em um artigo opinativo publicado no The Washington Post.

No texto, Zuckerberg disse que os Estados Unidos precisam de um novo enfoque nestes assuntos se quiser destacar-se no plano econômico, o qual inclui oferecer aos imigrantes talentosos e capacitados uma forma de obterem sua cidadania.

O diretor geral do Facebook também pediu o estabelecimento de padrões mais elevados de qualificação nas escolas e um maior enfoque no ensino da ciência, da tecnologia, da engenharia e da matemática.

O grupo de apoio à reforma imigratória liderado por Zuckerbeg conta ainda com o respaldo de líderes no setor tecnológico como Reid Hoffman, diretor geral da LinkedIn Corp.; investidores como John Doerr e Jim Breyer, assim como Ruchi Sanghvi da Dropbox, a primeira engenheira do Facebook Inc.

A rede CNN disse que o Fwd.us está pressionando por um aumento significativo da imigração legal e um caminho para a cidadania, especialmente para aqueles educados aqui ou que chegaram ao país quando eram crianças, aqueles conhecidos como Dreamers.

O grupo lutará por uma “reforma imigratória integral que começa com uma segurança fronteiriça eficaz, designa uma via para a cidadania e nos permite atrair as pessoas mais talentosas e que trabalham mais difícil, sem importar onde nasceram”, escreveu Zuckerberg na nota publicada no The Washington Post.

“Em uma economia do conhecimento, os recursos mais importantes são as pessoas com talento que educamos e atraímos para nosso país. Uma economia do conhecimento pode escalar ainda mais, criar melhores postos de trabalho e oferecer uma melhor qualidade de vida para todos em nossa nação”, escreveu.

Planos do Senado

No Senado, um grupo bipartidário integrado por quatro legisladores democratas e quatro republicanos finalizam um projeto de reforma imigratória baseado em quatro pontos: segurança na fronteira, caminho para a cidadania, imigração legal e verificação de emprego.

O plano, que seria entregue em meados de março mas que atrasou por desavenças nos programas de trabalhadores temporários e de alta tecnologia, inclui recomendar que antes de abrir a porta para a cidadania primeiro deve certificar-se da segurança na fronteira.

Isto inclui demonstrar que o governo federal tem a capacidade de deter pelo menos 90 por cento da entrada de imigrantes indocumentados por zonas de alto risco, e tenha vigilância efetiva de 100 por cento na fronteira com o México.

Acrescenta que os indocumentados antes de entrar no caminho para a cidadania precisariam demonstrar que carecem de antecedentes penais, pagar uma multa e cancelar impostos. Os que recebem a autorização entrariam em um estado de não imigrante que pode demorar entre 10 e 13 anos, ao final dos quais poderão solicitar a residência.

Na verdade a demora pelo green card em alguns casos pode levar mais de 20 años.

Simultaneamente a Casa Branca revelou que conta com um plano parecido ao projeto do Senado, com a diferença que recomenda certificar a segurança das fronteiras de imediato e que os indocumentados autorizados peçam imediatamente a residência, processo que não demoraria mais de 8 anos.

Ao mesmo tempo, um grupo bipartidário da Casa de Deputados redige em segredo um projeto de reforma imigratória que, segundo filtros, permitiria a legalização de milhões de indocumentados mas colocam em dúvida conceder-lhes a cidadania.

Espera-se que na próxima semana o Grupo dos Oito senadores entregue um anteprojeto de lei ao Comitê Judiciário e que assim abrir o debate até 17 de abril.

A Câmara de Deputados esperará que o plenário do Senado debata e vote a reforma imigratória para depois discutir sua versão.

Um grupo autodenominado democratas moderados e pró-crescimento, a Nova Coalizão Democrata, destacou quatro princípios básicos numa conferência de imprensa realizada nesta quinta-feira (11) para participar da discussão da reforma imigratória, incluindo mudança nos sistemas de imigração baseado na família e no emprego do país para atender às necessidades da economia mundial; assegurando que os recursos adequados serão dedicados à segurança na fronteira; exigindo um sistema eficiente de verificação de emprego para evitar que imigrantes trabalhem ilegalmente; e fornecendo aos 11 milhões de imigrantes que já vivem no país fora de status “a oportunidade de obter residência permanente com um caminho para a cidadania”.

O grupo disse que seus princípios foram inspirados no desejo de crescimento, eficiência, justiça e inclusão. “Estamos divulgando estes princípios que enfatizam as políticas porque achamos que há um forte argumento econômico para se fazer uma reforma de imigração abrangente, disse o deputado Joe Garcia, democrata da Flórida. “Nossa história tem mostrado que imigrantes e seus filhos que abriram empresas, seja familiar ou grande empreendimento, criaram milhares de empregos que fortaleceram os EUA companhias como Google.

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