Histórico

McCain reafirma desejo de lutar por reforma

Candidato republicano, porém, alerta que antes é preciso reforçar a segurança na fronteira

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, reafirmou seu desejo de regularizar a situação dos mais de 12 milhões de indocumentados que vivem no país, mas disse que antes de qualquer avanço em termos de uma reforma, a sua eventual gestão na Casa Branca iria investir em impedir a entrada ilegal de novos imigrantes. “A população quer, em primeiro lugar, segurança nas fronteiras”, disse o senador, afirmando que depois de solucionado esse problema poderá dedicar-se às mudanças na lei. McCain foi o único pré-candidato de seu partido a apoiar uma solução positiva para o problema da imigração, desde o início da corrida, há mais de um ano.
Desde 2003 a janeiro de 2007, McCain participou de várias iniciativas bipartidaristas que buscaram uma reforma ampla e justa nessa matéria. Em uma delas, em parceria com o também senador Edward Kennedy (democrata de Massachusetts), lutou pela concessão de residência temporária a mais de três milhões de agricultores. Igualmente, em 2005, coordenou os trabalhos de elaboração de uma nova versão do plano, que mais uma vez parou no Senado.

No ano passado, num debate presidencial aqui na Flórida, ele chegou a dizer que o tema imigração deveria ser tratado com “compaixão e amor”. Depois, no Arizona, fez questão de ressaltar que a legalização dos indocumentados não deveria ser tratado como uma anistia, já que o processo até o green card seria rígido: “Somente aqueles que atenderem a condições restritas, como falar inglês, não possuir antecedentes criminais e pagar multas, poderão se legalizar”, disse.

A postura pró-imigrantre de McCain acabou lhe rendendo algumas inimizades dentro do partido. Sua candidatura foi recebida com resistência pela ala republicana mais conservadora e muitos lembraram do que aconteceu em 2000: naquela época, o senador pelo Arizona era franco favorito a ocupar a vaga do partido na corrida à Casa Branca, pois tinha vencidos a maioria das primárias. No entanto, o sobrenome e o cacife político de George W. Bush acabaram prevalecendo e ele assumiu a vaga e, meses depois, a presidência.

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