Histórico

Mini-submarino vai auxiliar busca da caixa-preta do avião da Air France

Equipamento já atuou em mais de mil trabalhos de resgate, inclusive de peças do Titanic

O mini-submarino Nautile, que foi equipamento importante no resgate de peças e nos trabalhos de busca da carcaça do Titanic, é a esperança das autoridades francesas para recuperar as caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico, matando todas as 228 pessoas a bordo. Operado por dois pilotos e um observador , o Nautile é equipado com braços motores e pinças e pode mergulhar a profundidades de até seis mil metros. Devido às suas características, o mini-submarino já realizou mais de mil trabalhos de busca em todo o mundo.

O objetivo prioritário dos trabalhos, que envolvem especialistas de vários países, é recuperar as caixas pretas do avião, que emitem sinais durante 30 dias. Para isso, a primeira tarefa será localizar de maneira mais precisa a possível área onde o aparelho caiu. Nesse sentido, a área em que foram encontrados destroços do avião vai servir de ponto de partida para calcular o possível o ponto de impacto da nave. “A luta é contra o tempo para achar e não perder as informações do gravador, que opera na frequência 37,5KW”, afirmou uma fonte do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A localização da caixa-preta do avião deve ajudar as autoridades francesas e a Airbus, fabricante da aeronave, a descobrir o que de fato aconteceu com o voo 447. Apesar de atravessar uma área hostil para a aviação, a rota do Airbus é usada rotineiramente e a Aeronáutica não vê motivo para evitá-la. Assim como ela, a travessia dos Estados Unidos para a Europa, segundo o Cenipa, também tem área onde turbulências e formação de nuvens verticais são comuns. Em outras palavras, sem a caixa-preta, descobrir o que aconteceu com a aeronave será como montar um quebra-cabeças

O local onde os primeiros destroços foram avistados – a 150 km do arquipélago São Pedro e São Paulo, distante 1.010 quilômetros do litoral do Rio Grande do Norte, é uma das regiões mais hostis do oceano. Momentos antes do acidente, a Força Aérea Brasileira emitiu um alerta oficial sobre as condições climáticas perigosas na área da rota do voo 447.O aviso da Redemet, a rede meteorológica de avião da Aeronáutica, indicou a formação de nuvens que praticamente bloqueavam a rota. O paredão teria entre 38 mil e 58 mil pés de altitude.

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