Histórico

Misticismo levou brasileiro da Flórida a percorrer o Caminho de Santiago

Jordan Leite, colunista do AcheiUSA, caminhou por dez dias até Compostela

O escritor brasileiro Paulo Coelho é considerado um dos grandes incentivadores da experiência pelos Caminhos de Santiago de Compostela, tema do seu livro mais famoso, ‘O Diário de um Mago’, traduzido para 21 idiomas. No entanto, esta jornada mística pelas estradas montanhosas que levam até a Galícia, na Espanha, já é uma tradição que dura doze séculos, desde quando foram encontrados os restos mortais do apóstolo Tiago (São Tiago, ou Santiago) naquela região. Os peregrinos atuais, tal qual os antigos, percorrem as rotas que levam até a catedral da cidade não apenas por turismo e aventura, mas também como roteiro espiritual.

Esta, aliás, foi a razão que levou o brasileiro Jordan Leite, colunista do AcheiUSA, a encarar pela segunda vez a rota até um dos maiores centros de peregrinação do mundo e um dos patrimônios da humanidade. “É uma viagem belíssima, tanto pelas paisagens da estrada como pela descoberta pessoal”, descreve Jordan, que cumpriu o trajeto de 232 quilômetros em dez dias. Ele escolheu  o caminho que sai da Cidade do Porto, em Portugal, e andava cerca de oito horas todos os dias. Vale dizer que apenas os chamados Caminhos Inglês, Francês e Português chegam a Compostela, mas existem várias outras rotas que se juntam aos originais durante o percurso.

‘Credencial do peregrino’

Jordan optou pelo caminho português, saindo do Porto, onde tirou a ‘credencial do peregrino’. O documento serve para que o viajante possa se hospedar, de graça, em albergues credenciados ao longo da estrada. “São pousadas simples, mas aconchegantes, e ainda servem o café da manhã”, destaca Jordan. As caminhadas dele começavam cedo, antes das cinco da madrugada, e se estendiam até o início da tarde. “Além do sol forte, a parada permitia um passeio turístico pelas cidades que rodeiam os Pirineus”, explica o colunista, em referência à famosa cordilheira de montanhas européia.

Emoções do caminho
Quanto às emoções vividas no Caminho de Santiago, Jordan assinala que, antes de tudo, trata-se de uma jornada interior: ele disse que passou estes dez dias caminhando, sem conversar com os outros viajantes, apenas admirando a paisagem e pensando na vida. “Isso é muito difícil nos dias de hoje, com tanta agitação e compromissos”, ressaltou o brasileiro, admitindo que voltou da experiência revigorado e transformado – ou, como ele mesmo falou, “um ser humano melhor”. Outro ponto alto do trajeto é justamente o destino, a Catedral de Santiago de Compostela, construída no século XI, na época das Cruzadas.

Os planos futuros incluem um retorno ao Caminho, mas Jordan antes quer visitar Machu Pichu, a cidade perdida dos Incas, no Peru, outro local tido como centro energético do planeta. Portanto, em breve, teremos mais histórias para ouvir de nosso colunista Jordan Leite.

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