Histórico

Número de crianças sem documentos na fronteira cai 51% em um ano

Crianças atravessam a fronteira

Um ano depois da crise imigratória na fronteira entre México e Estados Unidos, quando crianças indocumentadas e sem os pais estavam atravessando o deserto, o fluxo de imigrantes sem documentos caiu de forma significativa, informou nesta terça-feira (7) o governo americano.

O número de pessoas detidas na fronteira sudoeste dos Estados Unidos durante o ano fiscal de 2015, entre 1º de outubro de 2014 e 1º de junho de 2015, registrou queda de 34% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Os dados foram anunciados por Philip Miller, subdiretor de deportações do serviço de imigração e alfândega (ICE, em inglês), durante uma audiência no Congresso.

No mesmo período, o número de crianças sem documentos detidas na fronteira passou de 47 mil a 22.869, uma queda de 51%.

A chegada em massa de menores sem documentos, que entram no território americano com intenção de pedir asilo e ser beneficiados pelo status especial reservado a vítimas de tráfico de pessoas, gerou uma crise política nos Estados Unidos.

O presidente Barack Obama foi criticado pela oposição conservadora que o acusa de afrouxar a segurança nas fronteiras, mas também pelo próprio partido e por ativistas por ter aumentado o número de deportações e intensificado a fiscalização na fronteira.

Neste ano, cerca de 10% dos detidos na fronteira pediram asilo, um recorde com relação aos seis anos anteriores, mas nos últimos meses, esses pedidos caíram para apenas 2% do total dos detidos.

A grande maioria dos menores de idade que tentam migrar para os Estados Unidos são da América Central, de países como Honduras, Guatemala e El Salvador, fugindo da violência e da pobreza em seus países. Mais de 18 mil crianças hondurenhas foram presas tentando entrar nos EUA de forma irregular em 2014, mas apenas 2.500 foram resgatadas pelos policiais.

Segundo Mark Greenberg, do Departamento de Estado, esse declínio se deve às políticas entre esses países e os EUA para evitar que essas crianças deixem seus lares. “Além disso, houve um reforço na fiscalização das fronteiras e campanhas para conscientizar as famílias”, disse.

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