Histórico

O fortalecimento da economia americana depende dos imigrantes

Estudo produzido pelo Instituto da Reforma destaca importância do “sangue novo” para o país

Os imigrantes que vivem na América, especialmente os de origem hispânica, terão um papel fundamental no reerguimento da economia dos Estados Unidos nas próximas décadas. Esta é a conclusão de um estudo produzido pelo Instituto da Reforma, que analisou os efeitos no país da crise financeira internacional e da aproximação da aposentadoria de cerca de 76 milhões de ‘baby boomers’, os profissionais nascidos no país entre 1946 e 1964. Segundo a entidade, os EUA vão enfrentar um “tsunami de uma população que envelhece e precisa de sangue novo”.

Para os especialistas do Instituto, ainda que os problemas econômicos e a ameaça de uma possível recessão estejam concentrando as atenções do governo federal e dos legisladores, em longo prazo o tema do envelhecimento da sociedade ativa americana deverá entrar em pauta de forma efetiva. Daí a importância dos imigrantes na recuperação da economia, já que o futuro não é muito promissor, devido ao crescente déficit fiscal e a escassez de trabalhadores em diversos setores. “A injeção de sangue novo, representado pelos imigrantes, será a chave para reduzir as conseqüências desta crise”, diz o estudo.

A demógrafa Dowell Myers, da Universidade do Sul da Califórnia e autora do trabalho, advertiu que, na mesma medida em que os ‘baby boomers’ vão se aposentando, os EUA vêem um aumento da procura por assistência pública e da dívida pública. Nunca é demais lembrar que a maioria dos cidadãos americanos se aposenta aos 65 anos e seus benefícios mensais do Seguro Social provêem dos impostos pagos durante a vida.

Pesquisas

De acordo com pesquisas, há hoje no país 24 aposentados para cada centena de trabalhadores em idade ativa. No entanto, com a aposentadoria dos ‘baby boomers’ o índice deve pular para 41 idosos em cada centena de trabalhadores. “O sistema não está preparado para uma população que envelhece”, assinala Myers, acrescentando que os gastos com assistência pública aumentarão 38% em 2008 e mais de 65% por volta de 2032.

Qualquer que seja a saída do governo, os imigrantes e seus filhos, com ou sem documentação, são fundamentais para compor a base tributária do país. O Instituto ressalta que cerca de 75% dos estrangeiros neste país pagam impostos e que o Seguro Social recebe mais de sete milhões de dólares de indocumentados.

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