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Obama disse que ‘não há razão’ para não aprovar a reforma imigratória

O presidente Barack Obama falou duro esta semana em San Francisco (Califórnia) sobre a necessidade de aprovar uma reforma imigratória e assegurou que não existem razões que impeçam de fazer isto “agora”, confiando em um acordo com os republicanos.

“Vejam as pesquisas agora mesmo, porque o povo americano apóia a reforma imigratória de forma majoritária. Todo mundo ganha se levarmos isto adiante. Não há razão para não aprovar a reforma imigratória agora mesmo. Nenhuma. Se existe, não ouvi”, afirmou o mandatário durante seu discurso no centro recreativo Betty Ong, de San Francisco.

Obama enfatizou que se trata de um objetivo que pretende conseguir mesmo que seja mediante a votação por partes do texto, o que facilitaria sua passagem pela Câmara Baixa.

O mandatário abriu a porta a tal procedimento a semana passada, depois de que nos dias anteriores o presidente da Câmara de Deputados, o republicano John Boehner, se negar a submeter à consideração o texto integral bipartidário aprovado em junho pelo Senado.
As declarações de Boehner afogaram as esperanças de obter uma lei antes do final do ano, mas o Executivo e o próprio Obama continuaram a se mostrar otimistas sobre sua finalização mesmo em 2013.

“Se existe um plano melhor que aquele proposto por democratas e republicanos, se há ideias complementares que o melhorariam, estou disposto a escutar. Minha porta está sempre aberta. Mas agora mesmo é o caso dos republicanos na Câmara de Deputados decidir se podemos olhar para a frente como país. Se não querem que isto ocorra, precisam explicar por quê”, acrescentou.

Em qualquer caso, Obama comentou que Boehner se havia mostrado “esperançoso” em que haverá “progresso” a este respeito.
“Para as pessoas pouco importa o procedimento. Só interessa o resultado”, destacou. “Disse que não permitiria que uma minoria bloqueie algo que o país necessita urgentemente. Não podemos deixar que este problema passe para outra geração. Se não o encararmos, minamos nosso próprio futuro”, avaliou.

O projeto de reforma aprovado pelo Senado estabelece investimentos milionários para melhorar a segurança na fronteira com o México, abre uma via para a cidadania a mais de 11 milhões de indocumentados e, segundo economistas independentes, fará crescer a economia em 1,4 bilhão de dólares e reduzirá o déficit em 850 bilhões de dólares durante os próximos 20 anos.

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