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Projeto do maestro José Antonio Abreu revolucionou a vida social na Venezuela

Imagine uma situação na qual as crianças moram em favelas, em bairros perigosos, andam descalças e têm poucas perspectivas de ascensão social.

Agora imagine este mesmo cenário com uma pitada de magia onde o mundo maravilhoso da música penetra em suas vidas e causa uma transformação social para milhares de jovens e crianças.

Pois foi esta transformação social feita através da música que possibilitou que crianças e jovens pobres na Venezuela pudessem vislumbrar uma nova realidade, graças à tenacidade de um realizador: o maestro José Antonio Abreu.

Há 30 anos, ele decidiu reescrever a equação social: A arte era feita por uma minoria para uma maioria; depois passou a ser feita por uma minoria para uma maioria, agora ela é feita pela maioria para a maioria. Esta declaração resume, à perfeição, a essência do Projeto Tocar e Lutar, que arrebatou a Venezuela e agora vem frutificando em outros países.

Na sala Machado de Assis do Consulado Geral do Brasil em Miami, Frederico Gouveia , diretor executivo e co-fundador da Brasil Classical, exibiu um documentário inestimável sobre a experiência vivida pelos antigos párias da sociedade venezuelana que viram suas vidas desabrochar de maneira nunca antes sonhada. As orquestras jovens tocam nos principais palcos de música clássica do mundo, encantando plateias acostumadas a aplaudir grandes nomes da música clássica. Nomes como o de Placido Domingos, que ficou emocionado depois de assistir a uma apresentação da jovem orquestra venezuelana.

E emocionados ficaram os convidados ao ver o esforço das crianças e jovens da Venezuela, cujos resultados têm superado as expectativas. Um exemplo é o de Edicson Ruíz, um violoncelista que se tornou o mais jovem instrumentista a ser admitido na Orquestra Sinfônica de Berlim uma das mais conceituadas do planeta.

Ao assistir o documentário, aumenta ainda mais o desejo de ver a Orquestra Sinfônica Jovem da Bahia, criada dentro do conceito de transformação de vidas e do futuro através da harmonia e do trabalho em equipe.

Boa ação = Diversão

Ajudar o próximo faz bem para a alma. Todos deveriam experimentar. A maioria das vezes não custa nada e o resultado emocional é compensador. Talvez faça até melhor para quem ajuda do que ao próprio ajudado.

O sentimento de fazer uma boa ação, nos dias 10 e 11 de dezembro, pode ser acompanhado de uma bela diversão, uma noite que certamente entrará para a lista das inesquecíveis.

Quem estiver na Flórida esses dias não pode perder o concerto musical que terá, no mesmo palco, a Sinfônica de Miami, músicos da Orquestra Juvenil da Bahia e a pianista brasileira Simone Leitão. Journey do Brasil é uma deliciosa viagem entre ritmos, um passeio entre o clássico e o popular.

Ouvir música de qualidade ajuda alguém?

Nesse caso, sim.

Parte do valor arrecadado com a venda de ingressos será usada para a compra de instrumentos musicais para o projeto Neojibá, que promove a integração de jovens carentes à sociedade através da música.

Os concertos dos dias 10 e 11 de dezembro, na Flórida, são realizados pela Brasil Classical Series e contam com o patrocínio da Odebrecht, American Airlines, Safra National Bank of New York, e apoio adicional do Consulado Geral do Brasil em Miami, Brazilian-American Chamber of Commerce of Florida, Rhythm Foundation, Acontece, AcheiUSA Newspaper e Centro Cultural Brasil-USA.
Neojibá

Em 2007, tendo como diretor-fundador o músico baiano Ricardo Castro, o Neojibá se tornou uma possibilidade de mudança na vida de jovens e crianças que, através da prática coletiva da música, podem adquirir uma sensibilidade especial juntamente com um alto nível de excelência, criando ferramentas essenciais para o desenvolvimento pleno das suas capacidades. 

O Neojibá conta com um Núcleo de Gestão e Formação Profissional (NGF), em funcionamento no Teatro Castro Alves onde ensaiam suas orquestras principais: a Orquestra Sinfônica Juvenil 2 de Julho (J2J), com 94 integrantes entre 12 e 25 anos, e a Orquestra Castro Alves (OCA) com 59 integrantes entre 8 e 18 anos. Em maio de 2010, foi criado também um coral com 40 jovens do Colégio Estadual ICEIA de Salvador. Em virtude da alta demanda de jovens para entrar no programa, mantém-se em atividade a Orquestra Pedagógica Experimental OPE, capacitando músicos de cordas, entre 8 e 15 anos.

No espaço do Teatro Castro Alves, os integrantes das orquestras realizam diversas atividades. Desta forma, o programa possui também a função de colaborar na perspectiva do ensino integral, oferecendo uma atividade cultural e social no turno oposto ao escolar, além de proporcionar a crianças, jovens e suas famílias o acesso ao TCA, que é um patrimônio cultural de Salvador. Um importante diferencial entre o Neojibá e a maioria das outras iniciativas de arte-educação realizadas no Brasil é sua função de real integração social, estimulando o convívio entre crianças e jovens de vários segmentos da sociedade.

As orquestras do Neojibá realizaram, desde 2007, mais de 120 apresentações, para um público estimado de 80 mil pessoas. Em julho de 2010, a Orquestra Juvenil da Bahia (Youth Orchestra of Bahia YOBA), grupo formado pelos 100 melhores integrantes do Neojibá, foi a 1ª orquestra sinfônica juvenil do Brasil a se apresentar na Europa, no Queen Elizabeth Hall de Londres e em Lisboa, no

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