Histórico

Para “New York Times”, controle de armas é necessidade urgente

Um dia após o pior massacre a tiros da história dos Estados Unidos, editoriais dos principais jornais americanos analisam as razões da tragédia e discutem as possíveis mudanças necessárias para evitar que ela se repita.

Para o “New York Times”, o massacre “é mais uma lembrança aterrorizante de que alguns dos maiores perigos enfrentados pelos americanos vem de assassinos domésticos com armas que são assustadoramente fáceis de se obter”.

O editorial do “NYT” lembra que após o massacre na escola Columbine, em 1999, quando dois alunos mataram 12 estudantes, um professor e se mataram, as autoridades adotaram medidas para tentar identificar os perigos de uma nova tragédia e evitar uma repetição, mas que isso não funcionou na Virgínia.

“O que é necessário, urgentemente, são controles mais fortes sobre as armas letais que causam tal carnificina devastadora e tal perdas irreparáveis”, conclui o jornal.

Questões

No “Washington Post”, o editorial comenta que “a nação se enluta, mais uma vez, quando as vidas de jovens cheias de promessa e possibilidade foram interrompidas por um flagelo já familiar nos campi escolares”.

Para o jornal, o massacre levanta diversas questões. “Sob que circunstâncias, e onde, o atirador conseguiu suas armas? A universidade teria sofrido a mesma tragédia se as leis da Virgínia não proibissem o uso de armas no campus? Os detectores de metais deveriam ser generalizados nas salas de aulas e moradias estudantis americanos? E por que os atiradores são tão capazes de promover suas matanças nas escolas americanas?”

“Los Angeles Times”, por sua vez, evita se posicionar em seu editorial, alegando que “após um evento tão terrível como os tiros na Virginia Tech, um silêncio respeitoso é o melhor”.

Para o jornal, o massacre “ocasionou uma onda de conclusões apressadas, tomadas de posição instantâneas e o uso de argumentos antigos”. “Por respeitos aos mortos, por respeito aos sobreviventes, e mesmo por respeito a esse amargo acontecimento, deveríamos lembrar que há momentos nos quais o silêncio é a melhor resposta”, diz o editorial.

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