Histórico

PIB dos EUA recua no primeiro trimestre

A economia dos EUA se contraiu no primeiro trimestre deste ano diante das condições meteorológicas ruins e do dólar fortalecido, o que gerou redução no consumo de bens pelos americanos, de acordo com o Departamento de Comércio. A segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) recuou à taxa anualizada de 0,7% no primeiro trimestre. Na mesma base de comparação usada no Brasil, do primeiro trimestre contra o quarto trimestre de 2014, o PIB americano encolheu 0,17%. No Brasil, o PIB caiu 0,20%.

Apesar da queda, o dado veio melhor do que as projeções dos economistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam recuo de 1%. Na primeira estimativa, o PIB tinha crescido 0,2% entre janeiro e março deste ano. Trata-se da terceira contração trimestral desde que a economia saiu da recessão, em meados de 2009. Isso mostra como a maior economia do mundo continua vulnerável a choques, enquanto se esforça para recuperar o seu vigor.

A mais recente retração veio após novos dados mostrarem um déficit comercial maior e um ritmo mais lento de contratação das empresas do que as estimativas anteriores, além de menor demanda nos pedidos às indústrias e aos fornecedores de serviços. Contribuiu ainda para este cenário negativo o fraco gasto do consumidor e a desaceleração do investimento empresarial.

As exportações dos EUA caíram 7,6% no primeiro trimestre. Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da produção econômica, cresceram a uma taxa de 1,8% no primeiro trimestre, ante crescimento de 1,9% na primeira estimativa, e abaixo da expansão de 4,4% no quarto trimestre. A despesa das famílias com itens manufaturados foi a mais fraca em quase quatro anos no primeiro trimestre.

A economia norte-americana contraiu 2,1% no primeiro trimestre de 2014 antes de saltar para no resto do ano. No primeiro trimestre de 2011, a economia encolheu 1,5% e, em seguida, se recuperou.

Em comparação com o ano anterior, a economia dos EUA cresceu 2,7% no primeiro trimestre, embora esse número seja alto por conta da forte contração que ocorreu no primeiro trimestre de 2014.

Recuperação. A maioria dos economistas espera que a economia se recupere ao decorrer do ano de 2015 e os primeiros sinais já apontam para uma ligeira retomada, com projeção de crescimento no segundo trimestre de 2%. Autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que avaliam uma elevação dos juros básicos ainda este ano, indicam que enxergam esta retração como temporária. A autoridade monetária tem apostado que a economia supere esses obstáculos e retome o crescimento.

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