Histórico

Produção industrial no Brasil tem pior resultado em quatro anos

Da redação com Terra – A produção industrial brasileira recuou 2,5% em fevereiro, o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos, afetada pelo mau desempenho do setor de bens de consumo e colocando em risco a recuperação da atividade econômica do País. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta semana que a produção industrial diminuiu 3,2% no ano passado. Em ambos os casos, os resultados foram piores do que o esperado pelo mercado e, na comparação com janeiro, foi o pior resultado mensal desde dezembro de 2008, quando a produção teve contração de 12,2%.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 20 analistas, a expectativa era de que a produção industrial recuasse 2,05 por cento ante janeiro. As estimativas variaram de quedas de 2,60% a 0,60%. Na comparação anual, a expectativa era de recuo de 2,40%, sendo que as projeções variaram de queda de 3,30% a alta de 0,70%.

O desempenho de fevereiro acabou praticamente anulando o resultado de janeiro, quando havia mostrado expansão de 2,6%, número revisado esta semana pelo IBGE ante crescimento de 2,5% divulgado anteriormente.

Segundo o IBGE, apenas a categoria Bens de Capital “ligada aos investimentos “apresentou expansão mensal em fevereiro, de 1,6% sobre janeiro. O pior resultado veio com bens de consumo, com queda de 4,2% no período, com destaque para os bens duráveis, com retração de 6,8%. Já os bens semiduráveis e não duráveis recuaram 2,1% sobre o mês anterior. A categoria bens intermediários, ainda segundo o IBGE, apresentou queda de 1,3% em fevereiro, sobre janeiro.

Desde o ano passado, o governo vem adotando medidas de estímulo para incentivar a indústria. No final de semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou a prorrogação até 31 de dezembro das atuais e menores alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões, que deveriam subir a partir de 1º de abril.

Em fevereiro, destacou o IBGE, houve queda mensal de 9,1% na produção do setor de veículos automotores, eliminando o avanço de 6,2% verificado em janeiro último. Sinais de que a retomada da indústria não seria tão forte neste início de ano já haviam surgido. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor, divulgado recentemente, mostrou que a expansão do setor foi a mais fraca em três meses.

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