Universidades unidas pelo bem-estar dos estrangeiros
Na Califórnia, duas das mais prestigiosas universidades do estado – a Davis e a Berkeley – anunciaram a criação de um centro de estudos para analisar a vida dos imigrantes, que terá como foco a proposição de sugestões para um problema que afligem a maioria esmagadora dos indocumentados neste país: a saúde. O Centro de Pesquisas de Migração e Saúde (ou Migration and Health Research Center) contará com a colaborações de profissionais do governo federal, e ainda com o apoio de países que têm numerosas comunidades naquele estado da costa oeste americana, como México, El Salvador, Colômbia, Peru e outras nações européias.
“Vamos abordar temas ligados à saúde dos imigrantes para encontrar soluções aos problemas que mais afetam as comunidades de estrangeiros”, disse Xochitl Castañeda, diretora do projeto, argumentando que o desejo é melhorar a qualidade de vida dos milhões de imigrantes na América. Estima-se que 200 milhões de pessoas que vivem nos Estados Unidos nasceram em outros países e que somente na Califórnia os imigrantes representam pelo menos 25% da população, com mais de dois milhões de indocumentados.
Os principais casos a serem analisados são, por exemplo, as constantes ocorrências de ensolação e enfermidades relacionadas ao calor extremo (a maioria dos imigrantes daquele estado trabalham no campo), a obesidade, diabetes e doenças mentais, especialmente depressão. As informações surgidas no Centro serão encaminhadas para as autoridades, para que sejam adotadas políticas que melhorem a vida dos imigrantes”, acrescentou Castañeda.