Alberto Gonzales não resisitiu à pressão daqueles que o queriam for a do governo
O secretário de Justiça americano, Alberto Gonzales, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia, e o pedido foi aceito pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
A gestão de Gonzales foi marcada por polêmicas, que incluíram o afastamento de procuradores devido a supostas razões políticas ao tratamento de detidos como terroristas.
O provável substituto de Gonzales é o procurador-geral Paul Clement, que deve assumir o cargo temporariamente até que se escolha um sucessor, segundo fontes do governo.
O Departamento de Justiça dará uma coletiva de imprensa a respeito da renúncia nesta segunda-feira. Bush deve discutir a saída de Gonzales em seu rancho em Crawford (Texas).
Amigo de longa data de Bush, Gonzales é o quarto alto funcionário do governo a deixar o cargo desde novembro de 2006.
O ex-secretário de Defesa Donald Rumsfeld –considerado o arquiteto da guerra do Iraque– renunciou ao cargo um dia depois da eleições de novembro. O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, deixou o cargo de maio após um inquérito por questões éticas. O principal assessor de Bush, Karl Rove, anunciou sua renúncia no início deste mês.
Durante sua passagem pelo governo, Gonzales expandiu os poderes presidenciais, entre eles, a permissão para o uso de escutas telefônicas.
Ele aprovou leis polêmicas, como a permissão para formação de tribunais militares e a limitação dos direitos legais dos detentos de Guantánamo, em Cuba.
Suas medidas ocasionaram críticas de defensores dos direitos civis, que acusaram o governo de violar a Constituição em sua guerra contra o terrorismo.