Histórico

Sob críticas, Obama tenta retomar caminho para a reforma da imigração

Reunião com os senadores Graham e Schumer, porém, não produz resultados impactantes

Com o objetivo de retomar o debate sobre a reforma da imigração no Congresso dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama reuniu-se na quinta-feira com dois senadores – um republicano e um democrata – para traçar a estratégia de um projeto de lei bipartidário que possa acenar com a possibilidade de legalização de mais de dez milhões de indocumentados. O encontro com os parlamentares Chuck Schumer (democrata de New York) e Lindsey Graham (republicano da Carolina do Sul), porém, não produziu qualquer novidade para os imigrantes, mas segundo o porta-voz da Casa Branca, Nicholas Shapiro, Obama está “ansioso” para levar o assunto de volta ao Congresso.

A reunião havia sido adiada por problemas nas agendas do presidente e dos senadores, mas na quinta-feira Obama pôde analisar o documento que já começou a ser redigido pelos parlamentares. “Os americanos devem aplaudir os esforços do senadores Schumer e Graham no sentido de consertar um sistema imigratório falido através do diálogo entre os dois partidos que eles representam”, disse Obama em uma nota logo após o encontro, do qual participou também o ativista e religioso Luis Cortés Jr., da entidade esperança para a América.

Todos manifestaram otimismo em relação à possibilidade de o tema voltar à pauta em Washington DC. Mesmo com a maioria nas duas Câmaras, os democratas não são capazes de dar continuidade ao debate, até porque alguns integrantes do partido não são favoráveis à legalização.

Depois de ser apontada como uma das propriedades da nova administração, a mudança na lei de imigração perdeu força no ano passado em virtude da crise financeira e da reforma da saúde. Imigrantes e ativistas passaram

Ideia é criar carteira de trabalho

Uma informação ventilada por assessores do Senado a respeito do projeto de reforma imigratória diz respeito à criação de uma carteira de trabalho. O documento seria à prova de fraude e obrigatório para todos os trabalhadores com autorização de atividade laboral – cidadãos, residentes permanentes ou estrangeiros empregados na América. A carteira traria a impressão digital e outros dados biométricos do seu portador.

Mas para Clarissa Martinez, diretora do Conselho Nacional de La Raza, uma das principais organizações hispânicas dos Estados Unidos, o tema da identificação dos trabalhadores deveria ser abordado num momento posterior. “Temos que lutar, em primeiro lugar, para que a reforma seja debatida no Congresso”, disse a ativista. Ela lembrou que o assunto da identificação já foi aprovado pelo Congresso em 2005 e um novo documento entrará em vigor em 2011.

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