Histórico

Tarso afirma que retorno de esportistas cubanos foi feito dentro da legalidade

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta quinta-feira ter o governo federal seguido as leis brasileiras no caso do retorno dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que abandonaram a delegação de Cuba durante os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro. “Parlamentares da oposição ou da situação, intelectuais e a imprensa podem dizer que não foi a melhor solução, mas o governo se comportou dentro da lei”, enfatizou durante reunião no Senado Federal.

O ministro rebateu às críticas levantadas contra a deportação dos cubanos, tomada por alguns setores como indício de que o Brasil apóia o regime autoritário liderado por Fidel Castro. “Se o País tivesse tomado movimento contrário e insistido para os cubanos ficarem no País, poderíamos ser acusados de ter agido para ficar bem com determinadas correntes políticas”, declarou. O ministro ainda ponderou que a decisão de atender ao pedido do Estado cubano pela deportação tenha sido tomada “depressa demais”, mas “isso lamentavelmente não vem por parte do governo brasileiro”. “O País deu exemplo de espírito republicano”, destacou.

O diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que participa da audiência pública, também defendeu a postura das autoridades policiais na condução do caso. Ele avalia que as opiniões contra a PF são injustas, uma vez que o órgão estava preocupado com a segurança do Pan. “Para as autoridades policiais, o desaparecimento era um evento altamente preocupante porque eles poderiam ter sido seqüestrados ou mesmo assassinados”, afirmou citando o cotexto de violência em que vive o Rio de Janeiro.

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