Onyango Obama, meio-irmão do falecido pai do presidente, está vivendo nos Estados Unidos desde a década de 60
O queniano Onyango Obama tinha uma ordem de deportação por mais de duas décadas, mas um juiz lhe concedeu a permissão de residência após ele assegurar que está vivendo nos EUA por 50 anos, tem pago seus impostos e só foi preso uma vez.
O tio queniano do presidente Barack Obama, que ignorou uma ordem de deportação por mais de duas décadas, recebeu nesta terça-feira (3) a autorização para permanecer nos Estados Unidos.
O juiz Leonard Shapiro lhe deu a autorização depois de Onyango Obama, de 69 anos, ter prestado depoimento de que está vivendo nos Estados Unidos por 50 anos, havia trabalhado com afinco, pago seus impostos e ter sido preso uma só vez.
Quando perguntado por sua família, ele disse “tenho um sobrinho”. O juiz lhe perguntou o nome de seu sobrinho e ele respondeu: “Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos”.
Onyango Obama, meio-irmão do falecido pai do presidente, está vivendo nos Estados Unidos desde a década de 60. Recebeu a ordem para deixar o país em 1992, mas acabou ficando.
Shapiro citou a lei que permite aos imigrantes “sem status” converter-se em residentes permanentes se chegaram aos Estados Unidos antes de 1972, mantiveram residência contínua e têm integridade moral.
Onyango Obama disse em seu depoimento ter vindo aos Estados Unidos em 1963 e não voltou ao Quênia desde então. Indicou que os Estados Unidos são uma “terra de oportunidades”.
A Casa Branca pede que o caso seja julgado como ‘qualquer outro’
Sua condição imigratória não foi revelada até ter sido preso por dirigir embriagado em 2011 em Framingham, a oeste de Boston. Depois de sua prisão, possivelmente disse à polícia: “Acho que vou chamar a Casa Branca”.
Quando o promotor lhe perguntou se havia dito isto, Obama respondeu que provavelmente fez isto, mas não se lembrava.
A Junta de Apelações de Imigração enviou este ano o caso para o Gabinete Executivo para Revisão de Imigração para uma nova avaliação.
Margaret Wong, a advogada de imigração de Obama em Cleveland, referiu-se a ele como “um maravilhoso cavalheiro idoso”.
“Ganhou seu privilégio de ficar nos Estados Unidos. Está aqui há 50 anos”, disse na terça-feira antes da audiência de imigração.
A Casa Branca disse que esperava que o caso fosse administrado como qualquer outro caso de imigração.