O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, determinou um aumento de 15% no salário mínimo do país. A medida, o terceiro aumento determinado em 2014, visa proteger a renda dos trabalhadores da inflação, atualmente em mais de 60% no ano – a maior do mundo, segundo analistas. A medida entra em vigor em dezembro, após o mínimo ser reajustado em 30% em abril e em 10% em janeiro.
O salário mínimo venezuelano vai subir para 4.889 bolívares por mês, o equivalente a $776 à taxa de câmbio oficial mas menos de $50 na taxa cobrada no mercado negro, amplamente usado para definir muitos preços.
De acordo com Maduro, o aumento é necessário para defender os ganhos dos trabalhadores da inflação, que ele atribui a uma guerra econômica que seus inimigos estão travando no país.
Críticos dizem que o governo está imprimindo muito dinheiro e economistas acreditam que o aumento dos salários pode alimentar uma espiral inflacionária. A medida foi anunciada uma semana após o presidente subir os salários dos militares em 45%, recebendo críticas da oposição e de alguns trabalhadores. Os militares têm tido aumentos de cerca de 500% desde o início da revolução socialista na Venezuela, em 1999.