Histórico

Veterano do Iraque à beira da deportação

Erick Samuel Vidal Santos se alistou no exército aos 18 anos e serviu dois anos no Iraque, mas o ICE pretende expulsá-lo

No dia em que completou 18 anos de idade, 6 de dezeembro de 2005, Erick Samuel Vidal Santos se alistou nas forças armadas americanas. Um ano depois foi mandado em sua primeira missão no Iraque e, após dois anos na frente de batalha, voltou com os horrores da guerra.

Apesar de ser residente permanente e reservista do Exército, Erick Vidal enfrenta um processo de deportação, denunciaram ativistas durante uma conferência de imprensa em frente ao escritório do Controle de Imigração e Alfândega (ICE) no centro de Los Angeles.

Desde 18 de maio de 2011, quando discutiu com sua namorada, ele está preso, por tê-la forçado a entrar no carro. Por conta disto, foi acusado de tentativa de sequestro.

Depois de ter cumprido um ano de prisão, o ICE assumiu sua custódia para expulsá-lo do país por considerá-lo um criminoso, desconsiderando o fato de se tratar de um veterano de guerra com residência permanente.

Ele acreditava que estando no exército já era cidadão, contou Martha Santos Gutiérrez, sua mãe.

Erick vivia em Oxnard e trabalhava como empregado do Wells Fargo, mas, desde que foi preso, não tem conseguido efetuar os pagamentos de sua casa e está a ponto de perdê-la.

Sua namorada, Verónica Murillo, estava grávida quando Erick foi detido, e já assinou uma declaração por escrito na qual rechaça que a briga seria uma tentativa de sequestro. Kimberly, de 4 meses, nunca viu o pai por ter nascido quando ele estava na prisão.

De acordo com sua mãe, Erick precisa de um respirador para dormir, pois padece de um problema causado pela guerra. Também precisa tomar pastilhas porque tem muitas dores de cabeça e está surdo de um ouvido, por causa da explosão de uma bomba, contou.

Ela está indignada porque seu filho não tem recebido ajuda do governo como veterano de guerra, e considera que sua situação se deve à má representação legal que teve por parte dos defensores públicos.

Entrei em contato com os militares e me disseram que ele ainda está na reserva do Exército, mas não lhe estão dando apoio, comentou a mãe do mexicano.

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