Histórico

Violência e tensão aumentam no Egito

Confrontos deixaram pelo menos um morto e 600 feridos no Cairo

Mesmo depois do presidente do Egito, Hosni Mubarak, ter anunciado que não concorrerá a um novo mandato nas eleições deste ano, o choque envolvendo opositores e partidários do líder que está há 30 anos no poder não cessou. O confronto deixou pelo menos uma pessoa morta e outras 600 feridas.

Manifestantes se enfrentaram com paus e pedras numa das principais praças públicas da capital, Cairo, contrariando o pedido do Exército de que a paz fosse restaurada. Mubarak, por sua vez, também não acatou a sugestão da comunidade internacional, inclusive do presidente americano, Barack Obama, de que realizasse a transição imediata de poder. O líder da oposição, Mohamed ElBaradei, pediu que as forças de segurança intervenham e protejam a população, mas afirmou que só negocia depois que Mubarak abandonar o poder.

Três dos principais partidos de oposição do Egito, porém, já admitem negociar com o ditador para dar um basta à onda de violência. As três legendas, que historicamente sempre tiveram uma relação ambivalente com o governo, não falam por Mohamed ElBaradei e pela Irmandade Muçulmana, estes sim os principais nomes de oposição ao regime.

Nos Estados Unidos, a Casa Branca condenou os atos de violência e a mensagem de Obama foi clara: o Egito precisa de mudança imediata. O governo americano adotou uma linha ainda mais dura com Mubarak, rompendo uma parceria de 30 anos, onde o ditador sempre foi considerado um aliado na tentativa de manter a estabilidade na região

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