Histórico

Virando o jogo e colhendo bons resultados

A adversidade exercita a perseverança e incentiva a tenacidade pode ser o slogan de Dorival Moura

Por Heliana Deweese – Especial para o AcheiUSA

Crise vai, crise vem. Por força das circunstâncias de um passado não tão distante, o brasileiro é especialista em enfrentar altos e baixos. Difícil encontrar por aqui quem não sofreu de alguma forma com a grande virada econômica do país. Vários setores foram afetados com a reviravolta brusca e as dificuldades assustaram muita gente. Alguns mais, outros menos; mas quase ninguém saiu ileso do vendaval.

Nesse redemoinho de acontecimentos sobrou para todo mundo. O imigrante foi atingido de todo lado. Muitos pequenos negócios não resistiram. Fecharam as portas ou reduziram o espaço. Quem não conseguiu segurar o rojão, não teve saída. Outros resolveram voltar para casa em busca de alento e oportunidades. Mas, há também os que resistiram bravamente e antes de jogar a toalha procuraram situar-se dentro das novas circunstâncias.

Os cautelosos que puderam esperar baixar a poeira estão conseguindo virar o jogo. Inclua nessa lista o empresário Dorival Moura, que mudou radicalmente o ramo de negócios, apostando que conseguiria superar as dificuldades impostas pelo momento. De vendas de carro, o empresário passou a vender saúde como seu principal negócio e já está sentindo os efeitos da sua insistência, embora no início da crise também tenha considerado voltar ao Brasil, onde já teve comércio próprio.

Durante cinco anos, Moura dirigiu com sucesso a revenda de carros que montou em 2006. Com perfil voltado especialmente para o público brasileiro, a empresa lhe rendeu na época um retorno satisfatório. Porém, a realidade do mercado mudou e com ela os planos do empresário também. Em pouco tempo, ele começou a ver o negócio minguar. Experiente, o brasileiro que veio de Santos (SP), ao desembarcar na Flórida há 10 anos, trouxe na bagagem uma vivência empresarial variada de quem já atuou em diferentes segmentos comerciais.

Pacato e sem pressa, o perseverante Moura parecer ter um faro natural para identificar as oportunidades do mercado e fazê-las crescer na hora certa. Ele conta que, no passado, teve sucesso no Brasil com locadoras de vídeos, no momento em que o negócio estava no auge. Prevendo o futuro do segmento, tratou logo de mudar de ramo antes do desfecho e tocou adiante sua vida de comerciante sabido, investindo seu conhecimento em outros tipos de comércio. Com isso, foi ficando um empresário eclético em conhecimento e seguro nas decisões, para navegar de um ramo para outro no competitivo mercado.

Negócio saudável

Há pouco mais de um ano, Moura vendeu a revenda de carros e partiu para um ramo literalmente mais saudável e criou o clube Better Life Good Nutrition. Levado pelo interesse de solucionar os próprios problemas de saúde, causados pela obesidade, acabou conhecendo o produto que hoje vende. O empresário primeiro experimentou o sistema nutricional e só depois de confirmar sua eficácia, perdendo 28 quilos, convenceu-se de que era um bom ramo para recomeçar a vida comercial e continuar a viver nos Estados Unidos.

O negócio funciona dentro do conhecido sistema networking, através do conceito nutricional que propõe melhor qualidade de vida e saúde com seus suplementos, ‘shakes’ e demais produtos exclusivos, que prometem perda de peso, controle dos níveis de colesterol e triglicerídeos entre outros benefícios a quem os consomem.

O apoio da esposa Ivone, também parceira no negócio, é fundamental e o empresário garante que o resultado neste curto espaço de tempo superou as expectativas. Segundo ele, “só nos últimos dois meses, dobrou o volume de pessoas que passam pelo clube em busca dos benefícios do seu negócio”, comemora. Desde que abriu as portas do seu clube, atendendo apenas os poucos cinco clientes que conseguiu no início, hoje o pequeno clube “contabiliza um fluxo médio de 80 a 100 pessoas por dia”, estima Moura.

Mas, como nada cai do céu, o brasileiro que trabalha de domingo a domingo e não hesita em acreditar, diz que “investiu os primeiros seis meses do seu trabalho sem ver sinal de lucros ou dividendos”, mas como traçou metas e mergulhou de cabeça na idéia de fazer dar certo, nos meses seguintes começou a colher os frutos do seu empenho. Moura acredita que “ainda há oportunidades por aqui que podem ser exploradas, porém antes de desistir ou decidir, é preciso fazer um balanço pessoal. Ficar ou voltar ao Brasil é uma decisão que está no coração de cada um”, conclui.

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